quarta-feira, junho 30, 2004

Admissão

Choro na escuridão...

Com os dentes
Arranco o negro e o branco
Do coração!

Cravo as unhas na alma
Rasgo até sangrar!

Sair o sangue impuro
Dos poros da alma
Todo o léxico de mentiras!

Nada mais que uma sopa de letras
Cheia de pús e de gente odienta!
Que nos enganam e cobrem de razão!

Por isso choro na escuridão...
Onde há luz
Uma doce dor de viver...

Sob o olhar de máquinas hediondas
E vegetais conformistas...

Por isso choro na escuridão...

Estripar o estripador!
Este desejo coberto de sangue
Que bebo esperando o amor!

Por isso choro na escuridão...
Onde não há asas para voar
Nem âncora para afundar

Tiro a cabeça, é um troféu!
Que vaidade ! que desprezo !

Pelo que sou, pelo que desejo...

Nada!

Um grão de pó
Se não for pedir demais !
São tantos e sós...
Que não poderiam ser mais

Por isso choro na escuridão...
Que mais...........

terça-feira, junho 29, 2004

Vida a três tempos

Vivo de recordações
De um passado tão presente
Presente aqui no futuro
Um futuro cheio de história

Vivo do natural
Um presente sempre passado
O passado com velhos presentes
Velhos presentes relembrados no futuro
O futuro de inúmeros presentes

Vivo do desconhecido
Este futuro que é presente
Presente em todos os passados
Um passado sempre inesperado

Seguem as palavras...

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